5/15/2003

estilo são seis garças sobre uma pata num charco
acho que o buchowski disse algo assim

5/12/2003

Unidades

Distãncia típica entre átomos numa grade de cristal: 1 Angstrom (Å) = 10-8 cm
Largura de banda visível pelos nossos olhos: de 4.000 a 7.000 Å
Raio da Terra: 6.400 km
Velocidade da luz: 300.000 km/segundo
Distância da Terra ao Sol: 150 x 106 km = 8 minutos-luz
Raio do nosso sistema planetário: 6 x 109 km = 5 horas-luz
1 ano-luz = 1013 km
Distância a Próxima Centauro, estrela mais próxima do Sol = 4 anos-luz
Número de estrelas na nossa galáxia, Via Láctea: 100 x 109
1 parsec = 3.3 anos-luz
1 kilo parsec (kpc) = 1000 parsecs
1 mega-parsec (Mpc) = 1000 kilo parsecs
Raio da Via Láctea: 45.000 anos/luz = 15 kpc
Distância a Andrómeda, galáxia mais próxima da Via Láctea: 700 kpc
Número de galáxias do nosso Grupo Local de galáxias :30
Raio do nosso Grupo Local: 1 Mpc
Raio típico de um Feixe de Galáxias: 5 Mpc
Número de galáxias do Feixe Coma :1.000
Raio dos supostos Superfeixes de Galáxias: 30 a 60 Mpc
Distãncia actualmente explorável do Universo: 6.000 Mpc

Velocidade da Luz_Viajar no Tempo

Recebemos a informação de que o sol está em determinado local oito minutos após ele lá ter realmente estado. Se concebermos que poderemos deslocar-nos até esse local em apenas dez segundos (a uma velocidade muito superior à da luz, portanto), viajando de olhos fechados, quando lá chegarmos verificamos que ele já lá não se encontra, que já se encontra “no futuro” (numa futura posição). Se a viagem fosse feita de olhos abertos, mas sem abdicar da rota inicialmente traçada, verificaríamos que ele se deslocaria do local aonde era suposto encontrar-se a uma velocidade x vezes superior aquela que medimos a partir da Terra, em que x é o nosso “lach” (velocidade da luz).
Hoje_Tempo

A dimensão tempo dá jeito para situarmos as dimensões espaciais. Mas não existe realmente; eu não existo ontem ou amanhã. Eu desloco-me apenas, não no tempo. Quanto muito, desloco-me de um ponto a outro enquanto o sol se desloca no céu x graus, ou o ponteiro num relógio (preciso ou não) x graus também.
Por isso a questão “o que é que havia antes do Big Bang” não tem sentido, pois não há antes nem depois. A própria afirmação “o universo sempre existiu” não tem sentido, porque a expressão “sempre” é ela própria tempo-dependente. Para a própria mecânica quântica, ainda nos seus primeiros passos mas promissora de grandes revelações, não é possível um espaço sem matéria, ao contrário da física clássica.
Custa-nos conceber a ideia de viver sem tempo, porque está nas nossas inscrições mais profundas (da nossa própria definição), a imagem do sol a girar à nossa volta, num movimento ritmado que inspirou os relógios mecânicos. Sim, eu disse “o sol a girar à nossa volta”, concepção que foi abandonada após Copérnico, baseada na presunção de que somos deuses e que podemos ver o universo de fora. Só assim se poderia verificar que todos os astros se movimentam uns em relação aos outros. Mas o que nós nos apercebemos nem sequer é de que o sol gira à volta da Terra, mas à volta de cada um de nós. Inclusivamente quando eu giro sobre mim próprio, tudo gira à minha volta; e cada um tem a sua perspectiva.
Portanto: não digo para abandonarmos a medição do tempo, porque as suas vantagens são por demais evidentes, inclusivamente no decorrer das minhas explanações pretensamente não tempo-dependentes _ apenas alertar para a sua dimensão meramente abstracta.
Nem digo que defendo o egocentrismo _ apenas que considerar que todos os astros se movimentam relativamente pressupõe uma visão exterior.
Os mundos paralelos

É vulgar a imagem que nos coloca como sendo o sonho de algo superior. Essa imagem, se dermos o desconto da sua pouca cientificidade, (afinal é uma imagem), tem toda a razão de ser. Como tal, tem também razão de ser a hipótese de os personagens dos nossos sonhos sonharem eles também. Como tal, também os personagens dos seus sonhos poderiam sonhar, e assim por diante, ad aeternum.
Entenda-se como sonho uma criação individual, cuja existência pode ser provada apenas por quem a criou, sob o seu ponto de vista.
Ao que é que isto nos leva? Eu dou um exemplo: estou aqui a escrever, mas ainda agora pensei em ir comprar cigarros; essa minha criação de outro eu, por sua vez pensou que devia ir à casa de banho. Neste momento tenho em casa, em mundos paralelos, outro eu a chegar da rua e um outro na casa de banho. Isto só parecerá tão especulativo se julgarmos que o nosso eu, do qual julgamos ter prova de existência, se encontra aqui, no centro do universo. Mas não; eu já fui com outro, e depois com outro e com outro. Nada diferencia a dimensão em que me encontro daquelas que eu criei ou que me criaram.
O criador morreu

Concebamos dois sentidos; o sentido do que nos criou e o sentido do que criamos.
Por vezes tendemos a confundir os dois sentidos, remetendo ambos para um nível espiritual. Isto acontece porque nenhum deles pertence ao nosso nível, são ambos impalpáveis.
Mas se considerarmos o sentido do que criamos etéreo (mais etéreo do que nós próprios, um sonho), então o sentido do que nos criou será mais físico, carnal, do que nós próprios. Será hiper-real.
Como tal mais perene do que nós. Ao limite, terá existido um instante apenas, após o qual morreu.

e vira,